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Esgotamento mental: 21 sintomas para ficar atento!

***Hoje, mais do que nunca, fazemos tantas coisas ao mesmo tempo, que chegar ao esgotamento mental já não é um acontecimento raro. Por mais poderoso que o nosso cérebro seja, ele também se cansa do excesso de atividades, de informações, de compromissos e de responsabilidades. Isso compromete o seu funcionamento e nos leva à estafa. Infelizmente, esse quadro tem se tornado cada vez mais frequente em diferentes países, inclusive no Brasil.


O QUE É O ESGOTAMENTO MENTAL?

Atualmente, mesmo nos momentos de descanso e relaxamento, as pessoas simplesmente não conseguem parar e se desconectar do celular, das redes sociais e da internet. Tantos estímulos — em conjunto com as nossas responsabilidades pessoais, profissionais, financeiras, sociais e familiares — acabam por sobrecarregar a nossa mente ainda mais.

Não por acaso, é comum que, ao final de um dia cheio, a sensação de cansaço seja intensa ou ainda de que a mente vá "explodir" a qualquer momento. Se você já se sentiu assim ou vive isso todos os dias, saiba que esse é o primeiro sinal de que é hora de desacelerar e cuidar melhor da sua rotina.

O esgotamento mental é uma doença séria e não deve ser tratado como um momento passageiro, já que desencadeia vários problemas físicos e emocionais que afetam a nossa vida de forma sistêmica. Trata-se de um conjunto de sintomas de falta de energia mental, provocados pela sobrecarga de atividades, estímulos, emoções e preocupações. Fique atento!

COMO ISSO OCORRE NO TRABALHO? QUAL É A RELAÇÃO ENTRE O ESGOTAMENTO MENTAL E A SÍNDROME DE BURNOUT?

Você sabia que o Brasil é o segundo país no mundo com os mais altos índices da síndrome de burnout entre os trabalhadores? Isso ocorre pelos altos níveis de estresse, rotinas muito desgastantes, além de um grande conjunto de problemas aos quais os trabalhadores são submetidos no ambiente de trabalho e fora dele.

Os dados são da ISMA – International Stress Management Association (Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse) e servem de grande alerta, pois a síndrome de burnout tem como principal característica o esgotamento mental, embora também provoque manifestações físicas.

Isso pode gerar sérios problemas. Do ponto de vista profissional, a produtividade é diretamente afetada, visto que o funcionário com a síndrome tende a ter um rendimento bastante inferior, se comparado a ele mesmo em perfeitas condições físicas e mentais.

Isso se torna evidente quando verificamos um dado de uma pesquisa, realizada no Brasil em 2016, em que se constatou que o país deixou de faturar aproximadamente 210 milhões de reais, em decorrência da baixa produtividade gerada pela exaustão profissional.

Isso é registrado sem levarmos em consideração os problemas de caráter social e o potencial extremamente nocivo à saúde e ao bem-estar que esse problema pode proporcionar.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DESSE PROBLEMA?

O esgotamento mental, também conhecido como síndrome de burnout, é um estado de exaustão emocional, física e mental que pode ocorrer quando uma pessoa se sente sobrecarregada e estressada por um longo período. Algumas das causas mais comuns deste problema incluem:

Excesso de trabalho: trabalhar longas horas e assumir muitas responsabilidades pode levar ao esgotamento mental. Isso pode acontecer tanto no trabalho como em casa, quando a pessoa tenta equilibrar muitas tarefas.

Falta de controle: sentir que não tem controle sobre o seu trabalho ou ambiente doméstico pode contribuir para o esgotamento mental. Isso pode ser especialmente verdadeiro em ambientes de trabalho de alta pressão, onde as demandas são altas e as expectativas são grandes.

Falta de reconhecimento: sentir que o seu trabalho não é valorizado ou reconhecido pode levar ao problema. Isso ocorre quando a pessoa trabalha em um ambiente profissional muito competitivo ou quando não recebe feedbacks positivos regularmente.

Conflitos interpessoais: conflitos com colegas de trabalho ou outras pessoas importantes na sua vida (amigos, cônjuge, familiares) podem ser uma fonte de estresse constante, contribuindo para o quadro.

Pressão para cumprir prazos: a pressão para cumprir prazos e metas pode ser estressante e levar ao esgotamento mental. Isso pode ser especialmente verdadeiro em trabalhos de alta pressão, mas também com pressões da vida pessoal (casar-se, ter filhos, comprar uma casa, ter um salário elevado etc.).

Falta de descanso: não ter tempo suficiente para descansar e relaxar pode contribuir para o problema. Dedicar-se excessivamente ao trabalho ou às tarefas domésticas, sem tempo para descansar e divertir-se, é um gatilho.

Problemas de saúde mental: o esgotamento mental pode ser um sintoma de problemas de saúde mental, como depressão ou transtornos de ansiedade. Nesses casos, é necessário um tratamento médico e psicológico adequado.

QUAIS SÃO OS 21 SINTOMAS DO ESGOTAMENTO MENTAL?

  • Entre os sinais mais típicos do esgotamento mental, podemos citar:
  • Perda de memória e dificuldade para lembrar informações;
  • Queda na qualidade do sono e dificuldades para adormecer (insônia);
  • Diminuição drástica da libido, isto é, do desejo sexual;
  • Problemas dermatológicos provenientes do estresse e alterações que ocorrem nos hormônios;
  • Perda de interesse por situações que antes geravam motivação e ânimo;
  • Alterações de humor constantes, que levam a: irritação, impaciência, tristeza e também ao choro sem causas aparentes;
  • Sensação de que a qualquer momento a sua mente vai "explodir" de cansaço;
  • Perda de compromissos importantes por conta do esquecimento;
  • Sensação constante de cansaço, mas sem causa aparente;
  • Emoções predominantemente negativas, como angústia, ansiedade, falta de disposição, desânimo, abatimento e grande tristeza, sem razões aparentes;
  • Problemas intestinais e estomacais, como azia, refluxo, má digestão, prisão de ventre ou diarreia;
  • Perda de produtividade nas atividades do dia a dia;
  • Fadiga mental, sem tempo para cuidar de si mesmo;
  • Sensação de sobrecarga, sem conseguir relaxar ou ficar alguns momentos sem fazer nada;
  • Estado emocional mais sensível;
  • Sensação de falta de pertencimento, desesperança, ansiedade e depressão;
  • Baixa capacidade de raciocínio e concentração. Nível de estresse alto pela ansiedade de que tudo melhore rapidamente;
  • Enjoo e falta de apetite, ligada à fadiga mental e ao estresse elevado;
  • Oscilações bruscas de humor;
  • Mudança na socialização — menos vontade de conviver com outras pessoas;
  • Procrastinação e vontade de não cumprir com os compromissos, principalmente profissionais ou com a família e amigos.

QUAIS SÃO AS POTENCIAIS CONSEQUÊNCIAS DESSE PROBLEMA?

O esgotamento mental pode ter diversas consequências, tanto para a saúde física como mental. Algumas das possíveis consequências incluem:

Problemas de saúde física: o esgotamento mental pode levar a problemas de saúde física, como: fadiga, dor de cabeça, insônia, dores musculares, doenças gastrintestinais (como úlcera e gastrite), doenças cardiovasculares (como hipertensão e maior risco de infarto e AVC), entre outros;

Problemas de saúde mental: pode levar também a problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, pânico, irritabilidade, baixa autoestima e sentimentos de desesperança;

Diminuição da produtividade: esse quadro pode afetar a produtividade no trabalho e na vida pessoal. A pessoa pode se sentir desmotivada, ter dificuldades para se concentrar e apresentar um desempenho reduzido em tarefas cotidianas;

Problemas de relacionamento: os relacionamentos interpessoais podem ser afetados. A pessoa pode se sentir irritada, frustrada e ter dificuldades para se comunicar com outras pessoas, tendo explosões emocionais e conflitos;

Dependência de substâncias: em alguns casos, o esgotamento mental pode levar a uma dependência de substâncias, como álcool ou drogas, como uma forma de aliviar o estresse e a ansiedade;

Isolamento social: em longo prazo, essa situação pode fazer com que a pessoa se afaste de amigos, familiares e outras atividades sociais.

Essas são algumas das possíveis consequências do esgotamento mental. É importante reconhecer os sinais precoces e procurar ajuda se você ou alguém que você conhece estiver sofrendo de esgotamento mental.

O QUE FAZER EM CASO DE ESGOTAMENTO MENTAL?

REVEJA OS SEUS VALORES

Você já se perguntou se está alinhado com os seus valores? Saiba que um dos maiores motivos pelos quais as pessoas abandonam o trabalho é pelo motivo de não se dar muito bem com o seu gestor. Um sentimento forte de esgotamento pode imperar nessa hora.

Isso se deve ao fato de que pode estar havendo muito desgaste na relação de vocês, prejudicando a sua produtividade no ambiente de trabalho. Talvez seja necessária uma mudança de valores, além de mais conversas para avaliar o que está deixando você com pouca vontade de ir trabalhar. Até mesmo na vida pessoal, agir de forma incompatível com os nossos princípios pode provocar esse esgotamento mental.

MENTALIZE O SEU DIA PARA QUE DE FATO SEJA UM DIA MELHOR

Quer começar o dia com mais alegria? Comece pensando positivamente. Evite noticiários com tragédias. Tome um delicioso café. Procure dormir o suficiente e não acordar tarde demais.

Acordar mais cedo e cuidar da mente e do corpo, fazendo alguns exercícios de meditação e alongamentos, pode gerar um bem-estar muito melhor do que o contrário disso. Você pode escolher como o seu dia vai começar e como ele vai terminar também. Mesmo que o seu dia seja atribulado no trabalho, a sua mente estará pronta para as demandas que surgirem. Será mais fácil administrar os problemas.

DESCUBRA O QUE O TEM DEIXADO SEM ENERGIA

Tente descobrir o que o está deixando sem energia: algum colega de trabalho, alguma situação que você não consegue mudar, determinados hábitos etc. Foque na solução, tente apoiar e receber o apoio da sua família e da sua equipe de trabalho.

A perda de energia é um fator que desencadeia outros problemas emocionais. Por isso, faça um diagnóstico, analisando quais são os momentos e contextos em que você se sente mentalmente esgotado. É diagnosticando as causas do problema que você conseguirá promover as mudanças necessárias para alcançar uma vida mais saudável.

PROCURE UM ESTADO DE EQUILÍBRIO

É importante que tenhamos equilíbrio, do ponto de vista físico e mental. Para tanto, devemos estar atentos à nossa rotina e como ela nos afeta. Feito isso e descobrindo o que nos deixa sem energia, o próximo passo é buscar soluções.

Existem diversas atividades que podem contribuir significativamente para que tenhamos mais energia e disposição. Além disso, é preciso saber quando a prioridade deve ser o descanso, pois ele é de suma importância para que possamos repor as nossas baterias. Estar "recarregado" significa trabalhar e efetuar as atividades cotidianas com muito mais eficiência e vontade. Isso vai muito além de garantir melhores resultados: é você protegendo o seu bem mais precioso — você mesmo.

PROCURE AJUDA QUANDO NECESSÁRIO

Se você perceber que não tem mais energia e disposição e que isso está prejudicando a sua rotina no trabalho e os seus relacionamentos pessoais e profissionais, talvez esteja na hora de reavaliar e tentar mensurar o quanto essa situação pode estar sendo nociva para o seu bem-estar.

Na dúvida, procure pela ajuda de especialistas responsáveis pela saúde mental, como médicos psiquiatras e psicólogos. Além disso, o apoio de familiares e pessoas próximas é fundamental para o restabelecimento.

ESGOTAMENTO MENTAL NÃO É FRAQUEZA!

Nem de longe sentir todos esses sintomas é normal. Muitos deles, inclusive, trazem um alerta para os sinais da depressão, que é uma doença silenciosa, que pode se disfarçar de cansaço mental e fazer muitos estragos. Em meio à rotina e aos reflexos do esgotamento, muitas vezes, a pessoa pode achar que sentir tristeza e cansaço constantemente é apenas uma consequência do excesso de trabalho, quando, na realidade, a estafa já a afetou de forma bem maior.

Obviamente, estar cansado de vez em quando não é sinal de esgotamento, porém quando isso se torna frequente, é importante ligar o botão de alerta. Para isso, é essencial que você seja sincero consigo mesmo e procure identificar quais desses sintomas citados acima se fazem presentes.

Se, por exemplo, você tiver dificuldades frequentes para dormir, sentir-se estafado o tempo todo, esquecer-se dos seus compromissos e sentir uma tristeza não explicada, talvez seja hora de buscar a ajuda de um especialista antes que o problema tome proporções maiores.

Concluindo, não sinta vergonha de dizer que está cansado e que precisa de um tempo para descansar a sua mente. O esgotamento mental é coisa séria e uma das causas de problemas graves, como a síndrome de burnout e a depressão. Ele se camufla na rotina, nas responsabilidades e nos compromissos da pessoa e a faz confundir tudo isso apenas com um cansaço passageiro.

Entretanto, ele não passa e, cada vez mais, adoece o indivíduo: a sua mente, as suas emoções e até mesmo o seu bem-estar físico. Portanto, não tenha vergonha ou medo de pedir ajuda. Procure a ajuda de um psicólogo e também de um psiquiatra para identificar as causas do problema e conduzir o tratamento necessário. Busque ajuda e vença o esgotamento mental!

imagem: divulgação

Sobre José Roberto Marques

Especialista em comportamento humano, presidente e fundador do Instituto Brasileiro de Coaching – IBC, a maior e mais conceituada escola de Coaching do país, Master Coach Senior,  Trainer, escritor e capa da Forbes Europa intitulado como "Cientista" da mente milionária. Com um estilo visionário e uma experiência de mais de 30 anos em treinamentos comportamentais, José Roberto Marques inovou ao desenvolver a exclusiva metodologia Self Coaching, que dá base ao Professional & Self Coaching – PSC, o curso de Coaching mais completo e diferenciado do Brasil e do mundo.

Fonte: @Ewellin Tavares

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Esgotamento mental: 21 sintomas para ficar atento!

***Hoje, mais do que nunca, fazemos tantas coisas ao mesmo tempo, que chegar ao esgotamento mental já não é um acontecimento raro. Por mais poderoso que o nosso cérebro seja, ele também se cansa do excesso de atividades, de informações, de compromissos e de responsabilidades. Isso compromete o seu funcionamento e nos leva à estafa. Infelizmente, esse quadro tem se tornado cada vez mais frequente em diferentes países, inclusive no Brasil.


O QUE É O ESGOTAMENTO MENTAL?

Atualmente, mesmo nos momentos de descanso e relaxamento, as pessoas simplesmente não conseguem parar e se desconectar do celular, das redes sociais e da internet. Tantos estímulos — em conjunto com as nossas responsabilidades pessoais, profissionais, financeiras, sociais e familiares — acabam por sobrecarregar a nossa mente ainda mais.

Não por acaso, é comum que, ao final de um dia cheio, a sensação de cansaço seja intensa ou ainda de que a mente vá "explodir" a qualquer momento. Se você já se sentiu assim ou vive isso todos os dias, saiba que esse é o primeiro sinal de que é hora de desacelerar e cuidar melhor da sua rotina.

O esgotamento mental é uma doença séria e não deve ser tratado como um momento passageiro, já que desencadeia vários problemas físicos e emocionais que afetam a nossa vida de forma sistêmica. Trata-se de um conjunto de sintomas de falta de energia mental, provocados pela sobrecarga de atividades, estímulos, emoções e preocupações. Fique atento!

COMO ISSO OCORRE NO TRABALHO? QUAL É A RELAÇÃO ENTRE O ESGOTAMENTO MENTAL E A SÍNDROME DE BURNOUT?

Você sabia que o Brasil é o segundo país no mundo com os mais altos índices da síndrome de burnout entre os trabalhadores? Isso ocorre pelos altos níveis de estresse, rotinas muito desgastantes, além de um grande conjunto de problemas aos quais os trabalhadores são submetidos no ambiente de trabalho e fora dele.

Os dados são da ISMA – International Stress Management Association (Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse) e servem de grande alerta, pois a síndrome de burnout tem como principal característica o esgotamento mental, embora também provoque manifestações físicas.

Isso pode gerar sérios problemas. Do ponto de vista profissional, a produtividade é diretamente afetada, visto que o funcionário com a síndrome tende a ter um rendimento bastante inferior, se comparado a ele mesmo em perfeitas condições físicas e mentais.

Isso se torna evidente quando verificamos um dado de uma pesquisa, realizada no Brasil em 2016, em que se constatou que o país deixou de faturar aproximadamente 210 milhões de reais, em decorrência da baixa produtividade gerada pela exaustão profissional.

Isso é registrado sem levarmos em consideração os problemas de caráter social e o potencial extremamente nocivo à saúde e ao bem-estar que esse problema pode proporcionar.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DESSE PROBLEMA?

O esgotamento mental, também conhecido como síndrome de burnout, é um estado de exaustão emocional, física e mental que pode ocorrer quando uma pessoa se sente sobrecarregada e estressada por um longo período. Algumas das causas mais comuns deste problema incluem:

Excesso de trabalho: trabalhar longas horas e assumir muitas responsabilidades pode levar ao esgotamento mental. Isso pode acontecer tanto no trabalho como em casa, quando a pessoa tenta equilibrar muitas tarefas.

Falta de controle: sentir que não tem controle sobre o seu trabalho ou ambiente doméstico pode contribuir para o esgotamento mental. Isso pode ser especialmente verdadeiro em ambientes de trabalho de alta pressão, onde as demandas são altas e as expectativas são grandes.

Falta de reconhecimento: sentir que o seu trabalho não é valorizado ou reconhecido pode levar ao problema. Isso ocorre quando a pessoa trabalha em um ambiente profissional muito competitivo ou quando não recebe feedbacks positivos regularmente.

Conflitos interpessoais: conflitos com colegas de trabalho ou outras pessoas importantes na sua vida (amigos, cônjuge, familiares) podem ser uma fonte de estresse constante, contribuindo para o quadro.

Pressão para cumprir prazos: a pressão para cumprir prazos e metas pode ser estressante e levar ao esgotamento mental. Isso pode ser especialmente verdadeiro em trabalhos de alta pressão, mas também com pressões da vida pessoal (casar-se, ter filhos, comprar uma casa, ter um salário elevado etc.).

Falta de descanso: não ter tempo suficiente para descansar e relaxar pode contribuir para o problema. Dedicar-se excessivamente ao trabalho ou às tarefas domésticas, sem tempo para descansar e divertir-se, é um gatilho.

Problemas de saúde mental: o esgotamento mental pode ser um sintoma de problemas de saúde mental, como depressão ou transtornos de ansiedade. Nesses casos, é necessário um tratamento médico e psicológico adequado.

QUAIS SÃO OS 21 SINTOMAS DO ESGOTAMENTO MENTAL?

  • Entre os sinais mais típicos do esgotamento mental, podemos citar:
  • Perda de memória e dificuldade para lembrar informações;
  • Queda na qualidade do sono e dificuldades para adormecer (insônia);
  • Diminuição drástica da libido, isto é, do desejo sexual;
  • Problemas dermatológicos provenientes do estresse e alterações que ocorrem nos hormônios;
  • Perda de interesse por situações que antes geravam motivação e ânimo;
  • Alterações de humor constantes, que levam a: irritação, impaciência, tristeza e também ao choro sem causas aparentes;
  • Sensação de que a qualquer momento a sua mente vai "explodir" de cansaço;
  • Perda de compromissos importantes por conta do esquecimento;
  • Sensação constante de cansaço, mas sem causa aparente;
  • Emoções predominantemente negativas, como angústia, ansiedade, falta de disposição, desânimo, abatimento e grande tristeza, sem razões aparentes;
  • Problemas intestinais e estomacais, como azia, refluxo, má digestão, prisão de ventre ou diarreia;
  • Perda de produtividade nas atividades do dia a dia;
  • Fadiga mental, sem tempo para cuidar de si mesmo;
  • Sensação de sobrecarga, sem conseguir relaxar ou ficar alguns momentos sem fazer nada;
  • Estado emocional mais sensível;
  • Sensação de falta de pertencimento, desesperança, ansiedade e depressão;
  • Baixa capacidade de raciocínio e concentração. Nível de estresse alto pela ansiedade de que tudo melhore rapidamente;
  • Enjoo e falta de apetite, ligada à fadiga mental e ao estresse elevado;
  • Oscilações bruscas de humor;
  • Mudança na socialização — menos vontade de conviver com outras pessoas;
  • Procrastinação e vontade de não cumprir com os compromissos, principalmente profissionais ou com a família e amigos.

QUAIS SÃO AS POTENCIAIS CONSEQUÊNCIAS DESSE PROBLEMA?

O esgotamento mental pode ter diversas consequências, tanto para a saúde física como mental. Algumas das possíveis consequências incluem:

Problemas de saúde física: o esgotamento mental pode levar a problemas de saúde física, como: fadiga, dor de cabeça, insônia, dores musculares, doenças gastrintestinais (como úlcera e gastrite), doenças cardiovasculares (como hipertensão e maior risco de infarto e AVC), entre outros;

Problemas de saúde mental: pode levar também a problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, pânico, irritabilidade, baixa autoestima e sentimentos de desesperança;

Diminuição da produtividade: esse quadro pode afetar a produtividade no trabalho e na vida pessoal. A pessoa pode se sentir desmotivada, ter dificuldades para se concentrar e apresentar um desempenho reduzido em tarefas cotidianas;

Problemas de relacionamento: os relacionamentos interpessoais podem ser afetados. A pessoa pode se sentir irritada, frustrada e ter dificuldades para se comunicar com outras pessoas, tendo explosões emocionais e conflitos;

Dependência de substâncias: em alguns casos, o esgotamento mental pode levar a uma dependência de substâncias, como álcool ou drogas, como uma forma de aliviar o estresse e a ansiedade;

Isolamento social: em longo prazo, essa situação pode fazer com que a pessoa se afaste de amigos, familiares e outras atividades sociais.

Essas são algumas das possíveis consequências do esgotamento mental. É importante reconhecer os sinais precoces e procurar ajuda se você ou alguém que você conhece estiver sofrendo de esgotamento mental.

O QUE FAZER EM CASO DE ESGOTAMENTO MENTAL?

REVEJA OS SEUS VALORES

Você já se perguntou se está alinhado com os seus valores? Saiba que um dos maiores motivos pelos quais as pessoas abandonam o trabalho é pelo motivo de não se dar muito bem com o seu gestor. Um sentimento forte de esgotamento pode imperar nessa hora.

Isso se deve ao fato de que pode estar havendo muito desgaste na relação de vocês, prejudicando a sua produtividade no ambiente de trabalho. Talvez seja necessária uma mudança de valores, além de mais conversas para avaliar o que está deixando você com pouca vontade de ir trabalhar. Até mesmo na vida pessoal, agir de forma incompatível com os nossos princípios pode provocar esse esgotamento mental.

MENTALIZE O SEU DIA PARA QUE DE FATO SEJA UM DIA MELHOR

Quer começar o dia com mais alegria? Comece pensando positivamente. Evite noticiários com tragédias. Tome um delicioso café. Procure dormir o suficiente e não acordar tarde demais.

Acordar mais cedo e cuidar da mente e do corpo, fazendo alguns exercícios de meditação e alongamentos, pode gerar um bem-estar muito melhor do que o contrário disso. Você pode escolher como o seu dia vai começar e como ele vai terminar também. Mesmo que o seu dia seja atribulado no trabalho, a sua mente estará pronta para as demandas que surgirem. Será mais fácil administrar os problemas.

DESCUBRA O QUE O TEM DEIXADO SEM ENERGIA

Tente descobrir o que o está deixando sem energia: algum colega de trabalho, alguma situação que você não consegue mudar, determinados hábitos etc. Foque na solução, tente apoiar e receber o apoio da sua família e da sua equipe de trabalho.

A perda de energia é um fator que desencadeia outros problemas emocionais. Por isso, faça um diagnóstico, analisando quais são os momentos e contextos em que você se sente mentalmente esgotado. É diagnosticando as causas do problema que você conseguirá promover as mudanças necessárias para alcançar uma vida mais saudável.

PROCURE UM ESTADO DE EQUILÍBRIO

É importante que tenhamos equilíbrio, do ponto de vista físico e mental. Para tanto, devemos estar atentos à nossa rotina e como ela nos afeta. Feito isso e descobrindo o que nos deixa sem energia, o próximo passo é buscar soluções.

Existem diversas atividades que podem contribuir significativamente para que tenhamos mais energia e disposição. Além disso, é preciso saber quando a prioridade deve ser o descanso, pois ele é de suma importância para que possamos repor as nossas baterias. Estar "recarregado" significa trabalhar e efetuar as atividades cotidianas com muito mais eficiência e vontade. Isso vai muito além de garantir melhores resultados: é você protegendo o seu bem mais precioso — você mesmo.

PROCURE AJUDA QUANDO NECESSÁRIO

Se você perceber que não tem mais energia e disposição e que isso está prejudicando a sua rotina no trabalho e os seus relacionamentos pessoais e profissionais, talvez esteja na hora de reavaliar e tentar mensurar o quanto essa situação pode estar sendo nociva para o seu bem-estar.

Na dúvida, procure pela ajuda de especialistas responsáveis pela saúde mental, como médicos psiquiatras e psicólogos. Além disso, o apoio de familiares e pessoas próximas é fundamental para o restabelecimento.

ESGOTAMENTO MENTAL NÃO É FRAQUEZA!

Nem de longe sentir todos esses sintomas é normal. Muitos deles, inclusive, trazem um alerta para os sinais da depressão, que é uma doença silenciosa, que pode se disfarçar de cansaço mental e fazer muitos estragos. Em meio à rotina e aos reflexos do esgotamento, muitas vezes, a pessoa pode achar que sentir tristeza e cansaço constantemente é apenas uma consequência do excesso de trabalho, quando, na realidade, a estafa já a afetou de forma bem maior.

Obviamente, estar cansado de vez em quando não é sinal de esgotamento, porém quando isso se torna frequente, é importante ligar o botão de alerta. Para isso, é essencial que você seja sincero consigo mesmo e procure identificar quais desses sintomas citados acima se fazem presentes.

Se, por exemplo, você tiver dificuldades frequentes para dormir, sentir-se estafado o tempo todo, esquecer-se dos seus compromissos e sentir uma tristeza não explicada, talvez seja hora de buscar a ajuda de um especialista antes que o problema tome proporções maiores.

Concluindo, não sinta vergonha de dizer que está cansado e que precisa de um tempo para descansar a sua mente. O esgotamento mental é coisa séria e uma das causas de problemas graves, como a síndrome de burnout e a depressão. Ele se camufla na rotina, nas responsabilidades e nos compromissos da pessoa e a faz confundir tudo isso apenas com um cansaço passageiro.

Entretanto, ele não passa e, cada vez mais, adoece o indivíduo: a sua mente, as suas emoções e até mesmo o seu bem-estar físico. Portanto, não tenha vergonha ou medo de pedir ajuda. Procure a ajuda de um psicólogo e também de um psiquiatra para identificar as causas do problema e conduzir o tratamento necessário. Busque ajuda e vença o esgotamento mental!

imagem: divulgação

Sobre José Roberto Marques

Especialista em comportamento humano, presidente e fundador do Instituto Brasileiro de Coaching – IBC, a maior e mais conceituada escola de Coaching do país, Master Coach Senior,  Trainer, escritor e capa da Forbes Europa intitulado como "Cientista" da mente milionária. Com um estilo visionário e uma experiência de mais de 30 anos em treinamentos comportamentais, José Roberto Marques inovou ao desenvolver a exclusiva metodologia Self Coaching, que dá base ao Professional & Self Coaching – PSC, o curso de Coaching mais completo e diferenciado do Brasil e do mundo.

Fonte: @Ewellin Tavares

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Estudo aponta soluções simples e baratas para o conforto térmico de moradias populares

***O estudo-piloto foi feito no Residencial Baltimore, em Uberlândia, Minas Gerais (foto: Flávia Almeida).



 Segundo o cômputo mais recente, o déficit habitacional no Brasil é de 5,876 milhões de domicílios: 5,044 milhões, em área urbana; e 832 mil, em área rural. Em termos percentuais, esse número corresponde a 8,1% do estoque total de domicílios particulares, permanentes e improvisados, do país. Com o objetivo de saldar, total ou parcialmente, essa enorme dívida social, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), lançado em 2009, passou a oferecer moradias acessíveis a famílias de baixa renda.

No entanto, com recursos financeiros limitados para atender a uma demanda tão grande, o baixo investimento alocado na construção de cada unidade residencial resultou em problemas como a falta de conforto térmico – uma reclamação recorrente entre os moradores contemplados.

Para encontrar soluções simples e baratas para a resolução do problema, um estudo-piloto foi realizado no Residencial Baltimore, em Uberlândia, Minas Gerais. A iniciativa reuniu pesquisadores do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP) e do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (ICTE-UFTM), sob a orientação da professora Dominique Mouette, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

Artigo a respeito foi publicado no periódico Sustainability, do Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI), sediado em Basileia, Suíça.

"O melhor cenário em termos de conforto térmico foi obtido pela combinação de três soluções simples, baratas e sustentáveis: substituir a janela convencional por uma janela basculante que permite até 100% de abertura de sua área útil; substituir a parede de tijolos por uma parede com painéis monolíticos de EPS [poliestireno expandido]; e substituir o vidro comum da janela por vidro temperado verde", diz Vitória Elisa da Silva [ICTE-UFTM], coautora do artigo.

A pesquisadora informa que uma queixa frequente dos usuários é a de que as casas são muito quentes e abafadas. Nos conjuntos habitacionais, as janelas comumente utilizadas abrem apenas até a metade. Com o emprego de vitrôs basculantes, seria possível ampliar a área aberta de 50% para 100%, aumentando substancialmente o fluxo de ar e, portanto, a refrigeração natural. Além disso, o uso de EPS nas paredes e de vidro temperado verde nas janelas contribui para o isolamento, bloqueando parte da energia térmica recebida do ambiente.

O poliestireno expandido não é nada mais nada menos do que o material conhecido comercialmente como isopor. Recobertas por camadas de reboco de cimento, as placas de EPS, resistentes à água, têm sido consideradas uma alternativa leve e de baixo custo para isolamento térmico e acústico. Em comparação com outros materiais de parede tradicionais, como tijolos ocos de cerâmica ou blocos de concreto, apresentam uma das condutividades térmicas mais baixas, o que significa que menos calor é transmitido de um lado da parede para o outro. O calcanhar de Aquiles desse material, derivado do petróleo, é que ele não é biodegradável. Descartado na natureza, o isopor leva 400 anos para se decompor. O atenuante, segundo o artigo em pauta, é que o EPS pode ser 100% reciclado, o que contribui para mitigar sua pegada de carbono.

Economia de energia

A professora Mouette enfatiza que, embora o conforto dos usuários tenha sido uma forte motivação para o estudo, o alcance do trabalho vai muito além. "Ele se insere em uma linha de pesquisa que busca formas alternativas que contribuam para a redução do consumo de energia e, portanto, das emissões globais. Nós sabemos que, em muitos casos, os equipamentos de ar-condicionado consomem quase 50% de toda a energia elétrica utilizada em uma residência ou escritório. A ideia foi obter um modo de refrigeração muito mais barato e menos impactante para o meio ambiente", afirma.

É preciso lembrar que, além da energia elétrica consumida, os aparelhos de ar-condicionado são um fator de aquecimento externo, porque jogam o ar quente para fora, criando ilhas de calor em torno de grandes edifícios ou aglomerações urbanas. "E isso produz um círculo vicioso, porque o aquecimento externo faz com que os aparelhos de ar-condicionado sejam ainda mais utilizados, com enorme impacto ambiental em um contexto de crise climática", sublinha Mouette.

Ademais, a ideia de associar o conceito de "conforto térmico" ao uso de ar-condicionado é questionável, porque a refrigeração artificial produzida nos ambientes servidos por esses equipamentos pode ser bastante desconfortável e insalubre.

O pesquisador Cylon Liaw (IEA-USP), primeiro autor do artigo, destaca ainda o aspecto social da questão. "As construções do programa Minha Casa Minha Vida seguem um formato-padrão, que não varia de acordo com as particularidades das zonas bioclimáticas. Nas soluções que apresentamos para o Residencial Baltimore, em Uberlândia, procuramos respeitar também a condição financeira das famílias, que não poderiam comprar equipamentos de ar-condicionado, nem pagar a conta de consumo elétrico decorrente de seu uso", pondera.

Quanto à eventual implementação das soluções propostas, Liaw lembra que, por ocasião do relançamento do programa Minha Casa Minha Vida, em fevereiro deste ano, o governo declarou sua disposição de ouvir todas as reclamações dos usuários. "Não sei se isso inclui a questão do conforto térmico. Mas acho que nosso trabalho deu, pelo menos, um primeiro passo nesse sentido", diz.

Vale lembrar que o Minha Casa Minha Vida havia sido extinto em 2020, e substituído pelo Casa Verde e Amarela, com muitas alterações em relação ao programa original. "Como o valor destinado à construção de cada casa tinha diminuído drasticamente com a mudança, precisamos ajustar nossa previsão de custos ao contexto no qual nosso estudo foi realizado, em 2021 e 2022", informa Liaw. E ressalta que, para isso, o grupo recebeu uma contribuição muito importante da arquiteta Samantha Maduro. "Ela participou por mais de duas décadas do programa Minha Casa Minha Vida. Suas informações e sugestões foram fundamentais", pontua.

Para formular suas soluções, os pesquisadores construíram um modelo baseado na sala da habitação, com área pouco menor do que 11 metros quadrados e pé-direito de 2 metros. E consideraram as múltiplas variáveis interagentes: fluxos de ar, bolsões de calor, variações da temperatura e da umidade ambientes etc. Tudo isso foi integrado e quantificado por meio de dinâmica de sistemas e tratamento computacional.

"O passo seguinte foi estabelecer valores para variáveis de entrada, como área útil de ventilação, material de vidro e de parede, para depois simular os diferentes cenários resultantes. Do pior ao melhor cenário, observou-se uma redução substancial na temperatura de pico a partir da variação do tamanho das janelas, demonstrando que a ventilação natural e os elementos construtivos de baixa complexidade e ampla disponibilidade no mercado contribuem para o conforto térmico dos cômodos residenciais", conclui Silva.

O estudo recebeu apoio da FAPESP por meio de dois projetos (14/50279-4 e 20/15230-5) coordenados por Julio Romano Meneghini, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP.

O artigo Thermal Comfort Analysis Using System Dynamics Modeling—A Sustainable Scenario Proposition for Low-Income Housing in Brazil pode ser acessado em: www.mdpi.com/2071-1050/15/7/5831.

Fonte: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

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Estudo aponta soluções simples e baratas para o conforto térmico de moradias populares

***O estudo-piloto foi feito no Residencial Baltimore, em Uberlândia, Minas Gerais (foto: Flávia Almeida).



 Segundo o cômputo mais recente, o déficit habitacional no Brasil é de 5,876 milhões de domicílios: 5,044 milhões, em área urbana; e 832 mil, em área rural. Em termos percentuais, esse número corresponde a 8,1% do estoque total de domicílios particulares, permanentes e improvisados, do país. Com o objetivo de saldar, total ou parcialmente, essa enorme dívida social, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), lançado em 2009, passou a oferecer moradias acessíveis a famílias de baixa renda.

No entanto, com recursos financeiros limitados para atender a uma demanda tão grande, o baixo investimento alocado na construção de cada unidade residencial resultou em problemas como a falta de conforto térmico – uma reclamação recorrente entre os moradores contemplados.

Para encontrar soluções simples e baratas para a resolução do problema, um estudo-piloto foi realizado no Residencial Baltimore, em Uberlândia, Minas Gerais. A iniciativa reuniu pesquisadores do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP) e do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (ICTE-UFTM), sob a orientação da professora Dominique Mouette, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

Artigo a respeito foi publicado no periódico Sustainability, do Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI), sediado em Basileia, Suíça.

"O melhor cenário em termos de conforto térmico foi obtido pela combinação de três soluções simples, baratas e sustentáveis: substituir a janela convencional por uma janela basculante que permite até 100% de abertura de sua área útil; substituir a parede de tijolos por uma parede com painéis monolíticos de EPS [poliestireno expandido]; e substituir o vidro comum da janela por vidro temperado verde", diz Vitória Elisa da Silva [ICTE-UFTM], coautora do artigo.

A pesquisadora informa que uma queixa frequente dos usuários é a de que as casas são muito quentes e abafadas. Nos conjuntos habitacionais, as janelas comumente utilizadas abrem apenas até a metade. Com o emprego de vitrôs basculantes, seria possível ampliar a área aberta de 50% para 100%, aumentando substancialmente o fluxo de ar e, portanto, a refrigeração natural. Além disso, o uso de EPS nas paredes e de vidro temperado verde nas janelas contribui para o isolamento, bloqueando parte da energia térmica recebida do ambiente.

O poliestireno expandido não é nada mais nada menos do que o material conhecido comercialmente como isopor. Recobertas por camadas de reboco de cimento, as placas de EPS, resistentes à água, têm sido consideradas uma alternativa leve e de baixo custo para isolamento térmico e acústico. Em comparação com outros materiais de parede tradicionais, como tijolos ocos de cerâmica ou blocos de concreto, apresentam uma das condutividades térmicas mais baixas, o que significa que menos calor é transmitido de um lado da parede para o outro. O calcanhar de Aquiles desse material, derivado do petróleo, é que ele não é biodegradável. Descartado na natureza, o isopor leva 400 anos para se decompor. O atenuante, segundo o artigo em pauta, é que o EPS pode ser 100% reciclado, o que contribui para mitigar sua pegada de carbono.

Economia de energia

A professora Mouette enfatiza que, embora o conforto dos usuários tenha sido uma forte motivação para o estudo, o alcance do trabalho vai muito além. "Ele se insere em uma linha de pesquisa que busca formas alternativas que contribuam para a redução do consumo de energia e, portanto, das emissões globais. Nós sabemos que, em muitos casos, os equipamentos de ar-condicionado consomem quase 50% de toda a energia elétrica utilizada em uma residência ou escritório. A ideia foi obter um modo de refrigeração muito mais barato e menos impactante para o meio ambiente", afirma.

É preciso lembrar que, além da energia elétrica consumida, os aparelhos de ar-condicionado são um fator de aquecimento externo, porque jogam o ar quente para fora, criando ilhas de calor em torno de grandes edifícios ou aglomerações urbanas. "E isso produz um círculo vicioso, porque o aquecimento externo faz com que os aparelhos de ar-condicionado sejam ainda mais utilizados, com enorme impacto ambiental em um contexto de crise climática", sublinha Mouette.

Ademais, a ideia de associar o conceito de "conforto térmico" ao uso de ar-condicionado é questionável, porque a refrigeração artificial produzida nos ambientes servidos por esses equipamentos pode ser bastante desconfortável e insalubre.

O pesquisador Cylon Liaw (IEA-USP), primeiro autor do artigo, destaca ainda o aspecto social da questão. "As construções do programa Minha Casa Minha Vida seguem um formato-padrão, que não varia de acordo com as particularidades das zonas bioclimáticas. Nas soluções que apresentamos para o Residencial Baltimore, em Uberlândia, procuramos respeitar também a condição financeira das famílias, que não poderiam comprar equipamentos de ar-condicionado, nem pagar a conta de consumo elétrico decorrente de seu uso", pondera.

Quanto à eventual implementação das soluções propostas, Liaw lembra que, por ocasião do relançamento do programa Minha Casa Minha Vida, em fevereiro deste ano, o governo declarou sua disposição de ouvir todas as reclamações dos usuários. "Não sei se isso inclui a questão do conforto térmico. Mas acho que nosso trabalho deu, pelo menos, um primeiro passo nesse sentido", diz.

Vale lembrar que o Minha Casa Minha Vida havia sido extinto em 2020, e substituído pelo Casa Verde e Amarela, com muitas alterações em relação ao programa original. "Como o valor destinado à construção de cada casa tinha diminuído drasticamente com a mudança, precisamos ajustar nossa previsão de custos ao contexto no qual nosso estudo foi realizado, em 2021 e 2022", informa Liaw. E ressalta que, para isso, o grupo recebeu uma contribuição muito importante da arquiteta Samantha Maduro. "Ela participou por mais de duas décadas do programa Minha Casa Minha Vida. Suas informações e sugestões foram fundamentais", pontua.

Para formular suas soluções, os pesquisadores construíram um modelo baseado na sala da habitação, com área pouco menor do que 11 metros quadrados e pé-direito de 2 metros. E consideraram as múltiplas variáveis interagentes: fluxos de ar, bolsões de calor, variações da temperatura e da umidade ambientes etc. Tudo isso foi integrado e quantificado por meio de dinâmica de sistemas e tratamento computacional.

"O passo seguinte foi estabelecer valores para variáveis de entrada, como área útil de ventilação, material de vidro e de parede, para depois simular os diferentes cenários resultantes. Do pior ao melhor cenário, observou-se uma redução substancial na temperatura de pico a partir da variação do tamanho das janelas, demonstrando que a ventilação natural e os elementos construtivos de baixa complexidade e ampla disponibilidade no mercado contribuem para o conforto térmico dos cômodos residenciais", conclui Silva.

O estudo recebeu apoio da FAPESP por meio de dois projetos (14/50279-4 e 20/15230-5) coordenados por Julio Romano Meneghini, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP.

O artigo Thermal Comfort Analysis Using System Dynamics Modeling—A Sustainable Scenario Proposition for Low-Income Housing in Brazil pode ser acessado em: www.mdpi.com/2071-1050/15/7/5831.

Fonte: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

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O que é economia circular? Conheça proposta que incentiva produção e consumo sustentáveis

***Projeto de lei visa criar Política Nacional da Economia Circular. Proposta traz instrumentos para incentivar governos, empresas e consumidores a migrarem do modelo atual de produção e consumo para a economia circular.


A economia circular é marcada pela circularidade dos resíduos. A ideia é que aquele produto que seria queimado ou iria para o lixo retorne à cadeia como um novo item ou sirva como matéria-prima para a produção de um outro bem de consumo. Um pneu velho, por exemplo, pode ser aproveitado para a produção de tapetes, solas de calçados ou borracha granulada que, por sua vez, serve como matéria-prima para a fabricação de pisos de quadras esportivas.

Segundo Patrícia Guarnieri, doutora em engenharia de produção pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com pós-doutorado em economia circular na Universidade de Bolonha, na Itália, a economia circular é um novo modelo de produção e consumo, cujo foco é a sustentabilidade. Ele é uma alternativa à chamada economia linear, que se caracteriza pela extração da matéria-prima, produção, consumo e o descarte.

Tramita no Senado Federal um projeto de lei que cria a Política Nacional da Economia Circular. De autoria da Comissão de Meio Ambiente (CMA), o PL 1874/2022 tem o objetivo de incentivar o poder público, o setor privado e os consumidores a adotarem práticas que priorizem a não geração, a redução e a reutilização de resíduos.

Relator do projeto de lei, o senador Jaques Wagner (PT-BA) diz que a proposta nasceu no Fórum da Geração Ecológica, que funcionou na CMA entre 2021 e 2022, e reuniu 42 representantes, desde acadêmicos até industriais.

"Quando falamos de uma cadeia produtiva circular, estamos olhando desde o nascimento da matéria-prima, que mantenha as florestas de pé, até a reutilização do que, hoje, chamamos de lixo. Quando chegarmos nesse patamar de circularidade, significa que vamos ter um país mais desenvolvido, com mais tecnologias e ao mesmo tempo sustentável", acredita.

Jaques Wagner explica que a economia circular não é uma proposta que se restringe às cidades. "Ela poderá funcionar, seja no campo ou nas cidades. Por exemplo, no campo, podemos produzir insumos para indústrias substituírem materiais e produtos que hoje vêm do petróleo. Ou seja, podemos fazer plásticos, químicos em geral, originados de plantas e frutos da nossa biodiversidade. Ao mesmo tempo, depois que esses materiais forem utilizados, a cadeira de reúso deles precisa estar bem construída, fazendo com que a reciclagem, uso como adubo e até energia sejam possíveis".


Instrumentos

O projeto de lei estabelece alguns instrumentos para fomentar a transição da economia linear para a economia circular. O texto propõe a criação do Fórum Nacional de Economia Circular, colegiado composto por autoridades e representantes do setor produtivo e da sociedade civil. Ele teria o papel de elaborar planos de ação, conscientizar e mobilizar a sociedade para discutir as iniciativas necessárias para promover a economia circular.  

A proposta passa a incluir na Lei de Licitações e Contratos Administrativos um artigo que exige que a licitação para compra ou contratação de bens e serviços pela administração pública, incluindo os de engenharia, deva seguir o princípio da sustentabilidade.

O texto também sugere que a incorporação de requisitos de sustentabilidade, considerando o poder de compra e os custos, também passe a figurar entre os objetivos do processo de licitação. Segundo o relator do projeto de lei, senador Jaques Wagner (PT-BA), o poder público precisa ser vanguarda na transição para a economia circular.

"Devemos dar o exemplo, estimulando a contratação de empresas através de requisitos de sustentabilidade, reaproveitamento e, obviamente, preço de compra. Ao mesmo tempo que damos o exemplo para a sociedade do compromisso dos agentes públicos, estimulamos as empresas que querem contratar com a administração a adoção de sistemas ecologicamente corretos", espera.

Outro pilar da Política Nacional de Economia Circular proposta é o Mecanismo de Transição Justa (MJT). O MJT funcionaria para apoiar as regiões e setores mais afetados pela transição para o novo modelo de produção e consumo. No caso de indústrias com alta emissão de carbono, o mecanismo deve apoiar mudanças para o uso de tecnologias de baixo carbono. Para isso, teria de criar condições atrativas para investimento; facilitar o acesso a empréstimos e financiamentos; investir na criação de startups e em atividades de pesquisa e inovação.

"Empresas precisam de adequação; profissionais, de capacitação; consumidores, de conscientização. É criar mecanismos legais e tributários que estimulem o mercado a se adaptar e minimizar os impactos negativos para a geração de trabalho, emprego e renda, sem onerar a cadeia produtiva", explica o senador.

Para Guarnieri, a indústria será importante para a transição rumo à economia circular. "A indústria tem um papel essencial no sentido de promover o retorno do resíduo para que ele possa ser reinserido no processo produtivo dela própria como, também, em outros processos produtivos. É na indústria que surgem as principais iniciativas de inovação. Então a indústria vai ter que olhar pra dentro e analisar o seu produto e verificar formas de inovar para que possa fazê-lo de uma forma mais adequada, para que gere menos resíduos lá na ponta, menos recursos energéticos."

Fonte de recursos

O PL diz que o poder público terá que incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação de tecnologias, processos e novos modelos de negócios que incentivem a circularidade.  

Segundo projeto de lei, 30% dos recursos do Programa de Inovação para Competitividade e 20% do rendimento anual do Fundo Social passariam a ser aplicados em iniciativas voltadas para a economia circular.

Fonte: Br 61

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DOENÇA DE CHAGAS: Brasil contabiliza cerca de 4.500 mortes por ano

***Em média, o Brasil registra 280 novos casos na forma aguda por ano, com tendência de crescimento de casos na região Norte.


O Ministério da Saúde anunciou a ampliação de assistência para pacientes que convivem com a doença de chagas, no Sistema Único de Saúde (SUS). Causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, ela é uma enfermidade negligenciada que afeta milhões de pessoas em toda a América Latina, sendo o Brasil um dos países mais afetados

Atualmente a doença é responsável por cerca de 4.500 mortes por ano no Brasil. Cerca de um milhão de pessoas convivem com a doença no país. O maior número de casos se concentra nos estados da região Norte. E aquele ministério tem como prioridade a eliminação da transmissão vertical da doença, quando ocorre de mãe para filho, além da ampliação do acesso ao tratamento e reforço das ações de prevenção.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas, de 2022 até abril de 2023, foram registrados 61 casos confirmados de Doença de Chagas. Em 2022, os casos se dividiram entre os municípios, da seguinte forma: 19 em  Lábrea, 18 em Amaturá, 6 em Barcelos, 3 em Carauari e 3 em Manaus. Já em 2023, foram registrados 6 casos em Itamarati, 1 em Barcelos e 1 em Humaitá.

Diante deste contexto e com o intuito de ampliar a oferta de diagnóstico e tratamento para a doença de Chagas, o Ministério da Saúde em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou articulação para apoiar as ações na cidade de Abaetetuba, no Pará, com a compra de 60.000 testes rápidos em um projeto piloto. Os exames estão em produção e está prevista a entrega de 45 mil testes ainda neste mês e 15 mil em maio.

A pasta apresenta que o Brasil registra cerca de 280 novos casos na forma aguda por ano, com 80% destes casos por meio da ingestão de alimentos contaminados. Esta análise, promovida pelo Ministério da Saúde, indicou uma tendência de crescimento de casos na região Norte.

Transmissão

O infectologista Hemerson Luz explica que a doença é transmitida pela picada de um inseto, conhecido como "barbeiro". Após a picada, ele deposita suas fezes no local. E com a coceira, a pessoa acaba colocando os protozoários das fezes na ferida feita pela picada. A transmissão também pode ocorrer por carnes mal cozidas.

"O barbeiro pode ser encontrado em locais com entulhos, monte de lenhas, ninhos de pássaros, galinheiros, chiqueiros e também nas frestas das casas quando são construídas principalmente de pau a pique", alerta.

Formas da doença

O especialista afirma que a doença de chagas pode se apresentar de forma aguda e, caso não seja tratada, evoluir para a forma crônica.

Fase aguda:

  • Febre prolongada (mais de 7 dias);
  • Alterações cardíacas;
  • Cansaço;
  • Inchaço no rosto e pernas;
  • Alterações no fígado;
  • No caso de picada do barbeiro, pode aparecer uma lesão semelhante a um furúnculo no local

Fase crônica:

"Muitos pacientes evoluem para forma crônica e passam anos sem apresentar sintoma algum. Porém as lesões vão acontecendo, principalmente com o aumento do coração e o aumento do intestino. Pode causar sérios danos mais à frente", explica Hemerson.

Tratamento no SUS

O Ministério da Saúde informa que uma das formas de controle da doença de Chagas é evitar que o inseto forme colônias dentro ou perto das residências. Caso encontre algum dessa espécie em casa, é necessário acionar a vigilância local para que as equipes técnicas realizem as ações de controle químico vetorial, se necessário. No SUS, o tratamento aos pacientes é indicado e acompanhado por um médico, após a confirmação da doença e os medicamentos são disponibilizados gratuitamente.

Fonte: Br 61

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