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Iniciativa do MinC leva às universidades os conhecimentos de mestres e mestras da cultura popular



***Iniciativa leva ao ensino universitário o conhecimento dos mestres e mestras das culturas tradicionais e populares.

imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ reprodução



Uma iniciativa do Ministério da Cultura vai levar ao ensino universitário o conhecimento ancestral dos mestres e mestras das culturas tradicionais e populares. Isso se dará por meio de uma parceria que acaba de ser formalizada entre o MinC e diferentes universidades, com o intuito de reconhecer a importância desses conhecimentos no processo de ensino-aprendizagem.

É o Consórcio Notório Saber, que tem origem em um Termo de Execução Descentralizada  entre o Ministério da Cultura e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)

O consórcio reúne ainda a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira Ceará (Unilab), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UnB)

O objetivo é incluir os indivíduos de profundo conhecimento ancestral nas instituições de ensino superior e nos institutos federais. O professor universitário do IFCE, Aterlaine Martins, também coordenador do consórcio, esclarece como vai funcionar: 

"Os mestres farão disciplinas com professores, farão pesquisa com os pesquisadores da universidade, e também processos de extensão, levando os estudantes, professores e técnicos para os seus territórios, para que a gente possa, de fato, compartilhar esses saberes, o acadêmico e o popular. E assim, teremos um conhecimento mais engrandecido." 

A temática é de grande importância no contexto atual das mudanças do clima. A sociedade tem buscado o conhecimento dos antepassados como estratégia para pensar caminhos para um mundo justo e sustentável para todos. 

"O MinC está nesta tarefa de trabalhar junto com as universidades, para incluir os conhecimentos tradicionais como componente curricular na grade curricular. Mas, sobretudo, de incluir os mestres e as mestras como educadores dentro do espaço onde acontece a educação", acrescenta o diretor de Promoção das Culturas Tradicionais e Populares do MinC, Tião Soares.
 
Dessa forma, o consórcio vai promover o reconhecimento e o mérito do saber ancestral, unindo o que é ensinado na universidade com as práticas e tradições transmitidas de geração em geração. A ação é celebrada pela mestra do saber do Quilombo do Cedro, de Mineiros, em Goiás, Luceli Moraes Pio.

"Pra gente é de grande importância poder estar dentro da universidade também, fazendo parte desse corpo com uma linguagem diferente, porque o nosso modo de ensinar é diferente da metodologia da universidade. A gente ensina os valores do meio ambiente – principalmente na minha área que é da área da medicina tradicional –, o respeito com a mãe natureza, o respeito com o cerrado", diz Luceli.

A expectativa do Ministério da Cultura é de que o Consórcio Notário Saber venha aproximar, compartilhar conhecimentos e permitir que os saberes dos mestres e mestras estejam de igual modo dentro do contexto da academia e da sociedade.


Fonte:  DigitalRadioTv / Divulga no Blog / Br 61

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Colesterol: Brasil adota metas mais rígidas para evitar infartos e AVCs; entenda o que muda

imagem: Tharakorn/iStock/ reprodução

***Principal novidade é a criação da categoria de risco extremo, destinada a pacientes que já sofreram múltiplos eventos cardiovasculares, como infarto ou AVC.



A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou, nesta quarta-feira (24), a nova Diretriz de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. O documento, que substitui a versão de 2017, estabelece metas mais rigorosas para o controle do colesterol e amplia a lista de marcadores a serem considerados, incluindo colesterol não-HDL, apolipoproteína B e lipoproteína(a).

A principal novidade é a criação da categoria de risco extremo, destinada a pacientes que já sofreram múltiplos eventos cardiovasculares, como infarto ou AVC. Para esse grupo, a meta de LDL, conhecido como "colesterol ruim", é reduzir os níveis para menos de 40 mg/dL.

As metas atualizadas ficaram definidas da seguinte forma:

  • Baixo risco: menor que 115 mg/dL (antes era 130 mg/dL);
  • Intermediário: menor que 100 mg/dL (sem alteração);
  • Alto: menor que 70 mg/dL (sem alteração);
  • Muito alto: menor que 50 mg/dL (antes era 70 mg/dL);
  • Extremo: menor que 40 mg/dL (categoria inédita).
  • Não se engane: não há nível ideal de colesterol
Segundo o cardiologista Italo Menezes Ferreira, coordenador da Unidade Coronária do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em entrevista ao g1, não existe um valor único de colesterol ideal.

"Primeiro, é preciso estratificar o risco cardiovascular do paciente. Só a partir daí se define a meta de LDL adequada", explicou. Para isso, a diretriz recomenda o uso de escores mais completos de risco em dez anos, como o Prevent, da American Heart Association, que inclui variáveis, como função renal e índice de massa corporal (IMC).

O cirurgião cardiovascular Ricardo Kazunori Katayose, do Hospital Beneficência Portuguesa, destacou a importância da nova classificação. "Ao criar a categoria de risco extremo, a diretriz reconhece que pacientes que já tiveram múltiplos eventos precisam de metas mais agressivas", afirmou. Ele também lembrou que parte das dislipidemias tem origem genética, o que reforça a necessidade de diagnóstico precoce.

A diretriz recomenda que todos os adultos realizem ao menos uma vez na vida o exame da lipoproteína(a), marcador associado a maior risco de infarto e AVC. Valores acima de 125 nmol/L ou 50 mg/dL indicam risco elevado. Contudo, o exame ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) nem possui cobertura ampla nos planos de saúde.

No tratamento, a principal inovação é a recomendação de iniciar a terapia combinada em pacientes de alto, muito alto e extremo risco. As opções incluem combinações, como estatina + ezetimiba, estatina + anti-PCSK9 e estatina + ácido bempedoico. Estratégias triplas podem reduzir o LDL em até 85%.

Ferreira observa que a diretriz brasileira segue a tendência internacional. "Diversos estudos mostram que, quanto mais cedo e mais baixo for o controle do LDL, menor o risco de morte, infarto e AVC. Por isso, a diretriz brasileira está alinhada à europeia, que também reduziu metas recentemente", disse.


Estilo de vida saudável é o ideal

Apesar dos avanços terapêuticos, os especialistas reforçam a importância do estilo de vida saudável. Alimentação balanceada, prática de atividades físicas, abandono do cigarro, controle do peso e moderação no consumo de álcool seguem como medidas fundamentais. "A vida moderna favorece a dislipidemia. Por isso, além das medicações, é preciso mudar hábitos", afirmou Katayose.

A SBC espera que a atualização contribua para reduzir a mortalidade cardiovascular no país, diante do aumento da obesidade, do sedentarismo e do estresse crônico na população brasileira.


Rodrigo Mozelli
Rodrigo Mozelli
Redator(a)
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Essa reportagem é de Rodrigo Mozelli, que é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.
Fonte:  DigitalRadioTv / Divulga no Blog / Olhar Digital

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MinC destaca importância das culturas tradicionais e populares no enfrentamento das questões climáticas



***Com o tema Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais, encontro segue até dia 20 na Chapada dos Veadeiros e irá debater os conhecimentos ancestrais e o papel das comunidades na construção de um futuro justo e sustentável.

imagem: Filipe Araújo/MinC / reprodução



A cultura popular e tradicional está no centro das novas políticas do Ministério da Cultura. E a relação entre essas culturas e as mudanças climáticas é tema do Seminário Internacional "Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais", na Chapada dos Veadeiros.

O evento é realizado por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), do MinC. Ele foi idealizado como um passo na construção de uma política nacional que reconheça os saberes ancestrais como patrimônio vivo e estratégico para o futuro do país. 

"Reconhecemos e valorizamos as culturas populares e tradicionais como elemento central para a identidade e diversidade cultural do nosso país. Nós temos nos empenhado para promover e implementar políticas públicas de cultura para todos os brasileiros e brasileiras e para as manifestações e expressões culturais que são tão diversas quanto o nosso povo", afirma a ministra da Cultura, Margareth Menezes. 

O objetivo da iniciativa interministerial é garantir que mestres, mestras, comunidades e grupos culturais sejam protagonistas da política pública, ampliando direitos e fortalecendo identidades, explica a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg. 

"O Ministério da Cultura está trabalhando em parceria com outros ministérios, fez uma ampla escuta da sociedade na construção dessa política nacional para as culturas populares tradicionais e esse evento representa mais um passo na pactuação dessa importante política para a valorização dos detentores dos conhecimentos tradicionais, dos formadores da nossa identidade nacional", diz a secretária.  

O diretor de Culturas Tradicionais e Populares da SCDC, Tião Soares, destaca que a relação dos mestres e mestras como guardiões de saberes e como agentes fundamentais para enfrentar os desafios climáticos está no centro das discussões do seminário. 
 
Para Soares, é impossível falarmos de culturas tradicionais e populares sem homenagear a coragem e a determinação das mestras e mestres que, com seus conhecimentos milenares, perpetuam saberes e práticas que sustentam suas comunidades e por extensão, o próprio planeta."Eles são o elo vital que une as gerações, que mantém vivas as memórias, que ensinam a conexão e conectam profundamente os termos com a terra, com as águas, com as florestas, com a água e a ecologia, com os povos originários", afirma.

 A construção de identidades, memória, ancestralidade e a resistência dos povos é a mensagem da poeta quilombola, mestra e conferencista, Ana Mumbuca: "Seguimos levando os nossos modos de ser para diversos territórios e seguimos construindo rede de parentesco, afeto, proteção, saberes por onde andamos. Reafirmamos com isso o nosso compromisso com a dádiva da defesa dos nossos territórios, como forma de uma manutenção física, cultural e espiritual das gerações atuais e futuras." 
 
O desafio agora é transformar esse acúmulo em diretrizes concretas de valorização da cultura popular, que dialoguem com questões atuais como justiça climática, sustentabilidade e diversidade cultural.


Reportagem: Agência do Rádio
Fonte:  DigitalRadioTv / Divulga no Blog / Br 61

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Piso salarial da enfermagem: STF começa votar constitucionalidade da lei nesta sexta



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imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ reprodução



O futuro do piso salarial da enfermagem começa uma nova etapa nesta sexta-feira (19). Até o dia 26 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai votar o mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222 – que trata do pagamento nacional da categoria. Os ministros devem decidir, de forma definitiva, a constitucionalidade do piso salarial da enfermagem no país.

A especialista em direito médico e da saúde e presidente da Comissão de Direito Médico da OAB/RJ, Carolina Mynssen, explica que, na prática, a votação vai implicar na derrubada ou não da suspensão da lei que trata do tema, a Lei 14.434/2022.

"Se terminado o julgamento e a ação direta for julgada como constitucional, a suspensão vai cair, porque o que aconteceu foi que a lei foi sancionada e logo depois foi suspensa, porque a Confederação Nacional de Saúde entrou com ação no STF questionando a constitucionalidade da lei, porque em tese, essa lei quando sancionada não previa a fonte de custeio para pagamento desse piso. Então, na prática, agora é a decisão se essa lei vai valer ou não valer", aponta.

Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) afirmou que a expectativa é a de que os ministros confirmem a decisão liminar que assegura o pagamento do piso aos profissionais em todo o Brasil. No entanto, o órgão reforçou que a liminar ainda não atende todas as reivindicações da Enfermagem, especialmente em relação à carga horária e ao reajuste anual.

Segundo Carolina Mynssen, com a suspensão da lei, as reivindicações continuam em aberto – não tendo sido atendidas. "É claro que com a sanção da lei, que apontou a fonte de custeio para o piso da enfermagem, o projeto dessa política pública de valorização dessa categoria da saúde continua, mas o fato é que enquanto não houver o julgamento e efetivamente a declaração de constitucionalidade dessa lei, muitas reivindicações não vão ser atendidas, vão ficar frustradas por conta dessa suspensão."

A especialista afirma, ainda, que até a proclamação do resultado do julgamento pode haver modificação de voto e alterações no documento.

O julgamento no STF ocorrerá de forma virtual. A primeira sessão está agendada para às 11h desta sexta, conforme o portal oficial o Supremo.

O que diz o Cofen

Na última terça-feira (16), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) protocolou um memorial para pedir ao STF que a constitucionalidade da Lei 14.434/2022 seja reconhecida e que "sejam afastadas todas as interpretações não previstas pelo legislador".

O Cofen já apresentou posição contrária à interpretação do piso que consta no acórdão que está em vigor. 

O presidente do Cofen, Manoel Neri, destaca a importância da garantia do direito para os profissionais de saúde e reforça o posicionamento da instituição. "O piso salarial é um direito constitucional adquirido pelos profissionais de enfermagem aprovados pelo Parlamento brasileiro."

"E no julgamento do mérito, o Cofen defende a reforma da decisão anterior do Supremo Tribunal Federal, retirando as condicionantes que foram impostas pelo Supremo e que não estão previstas na lei que aprovou o piso salarial, principalmente a questão do estabelecimento da jornada de 44 horas semanais para pagamento do piso salarial, o que levou a um rebaixamento do valor nominal do piso, tendo em vista que essa jornada não é praticada por nenhum dos entes públicos, até o setor privado, boa parte das instituições não praticam mais essa jornada de 44 horas semanais", completa.

Neri reforça que a medida não possui vício de constitucionalidade. "Nós defendemos, nesse julgamento do mérito, que essas condicionantes colocadas, que não têm previsão legal, sejam reformadas, porque não há qualquer vício de constitucionalidade, segundo a visão do Cofen e dos advogados que nos representam", pontua o presidente do Cofen.

Confira o que defende o Cofen no memorial:

  • Que seja firmado entendimento de que o piso salarial da enfermagem corresponde ao salário-base, sobre o qual incidem vantagens, adicionais e gratificações;
  • Afastada a exigência de negociação coletiva prévia como condição de eficácia da lei, assegurando-se a aplicação imediata do piso nacional em todo o território; 
  • O piso da enfermagem deve ser aplicado na forma prevista em lei, sem proporcionalidade em relação à jornada de 44h semanais. 

Riscos e benefícios

A especialista Carolina Mynssen ressalta que se a expectativa do Coren-MG for confirmada e os ministros votarem pela constitucionalidade da lei, a categoria será valorizada. "Sempre foi um pleito das políticas públicas no sentido de valorização dos profissionais da saúde. Então, se houver essa confirmação e os ministros decidirem pela constitucionalidade da lei, sem sombra de dúvida essa a categoria vai se sentir e será beneficiada."

No cenário em que haja acordo para constitucionalidade da lei, Mynssen lembra que este será apenas um passo – considerando que ainda existirão dispositivos a serem tratados, como as questões que envolvem a fonte de custeio.

"As questões executivas efetivamente vão continuar sendo alguns pontos complexos que vão variar sobre a arrecadação. Inclusive já houve a sanção de lei específica sobre essa previsão. Enfim, não vai terminar a discussão, porém, vai garantir que o primeiro passo para essa categoria foi dado. Então, se realmente houver a declaração de constitucionalidade dessa lei será uma vitória para essa categoria", destaca Mynssen .

Na avaliação dela, o piso ainda deve correr riscos relacionados à fonte de custeio e à aplicabilidade indevida. "Por conta de todo esse histórico de muita insegurança, o piso, na minha opinião, vai continuar correndo um risco sim de, na prática, não ser devidamente aplicado. Mas isso a gente só vai ter a oportunidade de ver e de saber e de verificar, caso a lei seja declarada constitucional e efetivamente o piso seja aplicado", diz a especialista.



Fonte:  DigitalRadioTv / Divulga no Blog / Br 61

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Migrantes e refugiadas venezuelanas

imagem: Marcelo Camargo / reprodução



***A busca por serviços de assistência à saúde só perde pra fome entre as razões que levaram mulheres venezuelanas a migrar para o Brasil. Uma pesquisa da Fiocruz, em parceria com outras instituições, entrevistou 2.012 migrantes de 15 a 49 anos que chegaram ao Brasil entre 2018 e 2021.  Elas atravessaram a fronteira à procura de tratamentos e remédios para elas mesmas ou para alguém de quem cuidam. Hoje, a população que veio da Venezuela é o maior grupo estrangeiro no Brasil.

<>Migrantes e refugiadas venezuelanas<>

Player de Áudio

Você poderá clicar aqui e ouvir esta e outras notícias em nosso blog, enquanto ouve músicas ao fundo  https://digitalradiotv.blogspot.com


Entrevistas nessa edição: Margarete Terán, enfermeira; Ambar Gonzalez, coordenadora da Associação Venezuelanos Organizados; Eliana Moreno, associada de Proteção do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) em Brasília; Lu Rodrigues, escritora.

  • Produção: Cristiane Baker
  • Trabalhos Técnicos: Nilton Gomes
  • Reportagem: Cristiane Baker, Maria Amélia Elói e Vera Morgado
  • Edição: Vera Morgado
  • Créditos da Fotografia: Marcelo Camargo

 

Músicas nessa edição: Chão de Giz, versão da Elba Ramalho para a música do Zé Ramalho; Fractal of Light – Chris Haugen; Eternal Garden – Dan Henig; Six Seasons – Unicorn Heads; Snowy Peaks pt I – Chris Haugen; Oman Groomer – The Mini Vandals; Pajarillo – Versão da Mafer Bandola para a música de Angel C Loyola.

Fonte:  DigitalRadioTv / Divulga no Blog /

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O paradoxo da solidão na era da hiperconectividade



***As redes sociais têm sido chamadas de espaços de conexão, mas também já receberam rótulos de redes antissociais ou associais. Elas prometem proximidade, mas será que cumprem essa promessa? Ou, ao contrário, acabam intensificando o sentimento de solidão?

imagem: arquivo / reprodução



O ser humano é social. Nossa espécie sobreviveu formando grupos, compartilhando estratégias, criando proteção coletiva. Mas será que a interação mediada por telas preserva essa essência?

Essa lembrança da evolução é fundamental: o convívio presencial não é acessório, é constitutivo. Quando trocamos isso pelo digital, algo essencial se perde.

O médico neurologista Ivar Brandi (1) se debruçou sobre o tema da solidão na era moderna e traz insights preciosos sobre o mundo em que vivemos e como nos preparar para essas mudanças de comportamento e de estar no mundo.
Ele começa colocando em questão o conceito de "rede social".

"O Jonathan Haidt, no livro dele, sobre a geração ansiosa, ele coloca que as redes sociais podem ser chamadas de redes antissociais ou redes associais. E tem diversos fatores que nos permitem afirmar que as redes sociais, elas não substituem, de maneira alguma, a socialização real, a socialização presencial, face a face, né? E um ponto muito importante também da gente colocar é que nós somos animais, seres sociais, né? A força da espécie humana, a existência nossa como uma espécie animal se deve à nossa capacidade de formar grupos sociais, à capacidade de lutar contra os predadores, de fugir em casos de ameaças naturais e de ter pessoas em grupos sociais, líderes em grupos sociais que nos protegeram ao longo da evolução."

Se a comunicação face a face traz nuances invisíveis — pausas, gestos, silêncios — como se comporta a comunicação digital?

A comunicação digital reduz essas camadas. Ficamos apenas com palavras e imagens editadas, muitas vezes distantes do que realmente sentimos.

Há também o tempo e o corpo como elementos da socialização. No mundo digital, tudo se torna fragmentado e assíncrono. A ausência de presença física altera a qualidade do encontro. Por isso, essa sensação de vazio, de espera, de não preenchimento, que gera uma enorme ansiedade.

Ivar Brandi explica as razões dessa sensação de inadequação.

"Uma delas é que a socialização nas redes sociais é uma socialização assíncrona, né? Uma socialização síncrona como a socialização no mundo real. Então, eu posto algo na rede social e horas depois, minutos ou meses, semanas depois, alguém vai lá e comenta. A socialização das redes é uma socialização descorporificada. Não há a interpretação da linguagem corporal, a interpretação das pistas faciais, da prosódia, do silêncio, que são informações muito relevantes na socialização real, na socialização face a face."

Então eu não posso dizer que as redes sociais são contraindicadas para intermediar as relações humanas?

Não é a rede social que afasta as pessoas, mas o seu uso inadequado exacerba a solidão.

Também é preciso diferenciar solidão de solitude. A solitude é buscada e pode ser fecunda. A solidão, ao contrário, é sentida como carência. O ponto central talvez não esteja na rede em si, mas em como a utilizamos — e em quem a utiliza, como explica Ivar Brandi.

 "Nós podemos falar que o uso inadequado das redes sociais exacerba a solidão. Se a gente lembrar, por exemplo, do período da pandemia, quando nós estivemos afastados, trabalhando em casa, restritos em casa, a rede social, as redes sociais permitiram o vínculo social, permitiram ter contato com familiares, permitiram o exercício da empatia, da compaixão e diversas outras atividades até mesmo a educação à distância. Portanto, o uso inadequado das redes sociais acentua a solidão e principalmente nas pessoas mais vulneráveis, idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade, em minorias, migrantes, que fazem o uso inadequado e que vinculam a socialização apenas na socialização virtual, neste caso, a uma acentuação desse sentimento de solidão."

Outro aspecto que me preocupa é o funcionamento das redes, pois o que parecia apenas uma escolha individual — ver o que nos agrada — revela-se como um mecanismo poderoso de reforço através dos algoritmos. É isso, Beth Veloso?

As redes nos conectam, mas também nos isolam. O neurologista Ivar Brandi lembra que alguns pontos já são indiscutíveis e um deles tem relação com a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. Para ele, a rede social não é lugar para a criança e para a adolescente. Rede social é assunto de gente séria, de gente adulta, de gente responsável. Então, a regulação, a proibição e a regulamentação do acesso dos adolescentes é um ponto indiscutível. A exemplo do PL 2628, de 2022, que foi aprovado e será sancionado em breve pelo presidente da República.

Idosos, migrantes, pessoas em situação de vulnerabilidade sofrem mais nesse processo. Precisamos de leis, sem dúvida, para corrigir essas distorções, e de educação midiática digital para entender o que está por trás dos  algoritmos das redes sociais.

(1) @ivarbrandineuro

Comentário – Beth Veloso
Apresentação – Ana Raquel Macedo
Fonte:  DigitalRadioTv / Divulga no Blog / Br 61

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SENAI Play: plataforma oferece mais de 1,5 mil cursos gratuitos



***Em cinco anos, iniciativa contribuiu com a capacitação de 680 mil pessoas em áreas ligadas à indústria.

imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil / reprodução



A educação a distância veio para ficar. Com o avanço da tecnologia e a rotina cada vez mais corrida, o ensino virtual se tornou alternativa de qualificação profissional para muitos brasileiros. Em localidades distantes dos grandes centros, é a modalidade que garante acesso à educação.

Uma opção para quem vive uma dessas situações é o SENAI Play, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). A plataforma oferece mais de 1,5 mil cursos gratuitos em áreas estratégicas para o desenvolvimento da indústria brasileira, como tecnologia da informação, negócios e gestão, logística, alimentos e bebidas, educação financeira, meio ambiente e sustentabilidade, entre outros temas. 

Desde o lançamento, em 2020, cerca de 680 mil pessoas participaram de, pelo menos, um dos cursos rápidos disponíveis na plataforma. É necessário apenas ter acesso à internet e realizar um cadastro gratuito no site ou no aplicativo do SENAI Play. Não há exigência de escolaridade mínima ou idade. Apenas alguns cursos contam com pré-requisitos técnicos.

SENAI Play: embaixadores 

A plataforma SENAI Play disponibiliza conteúdos em vídeo, podcast e pelo WhatsApp. Conta ainda com os embaixadores, professores do SENAI que assumem o papel de comunicadores. Eles gravam vídeos em laboratórios reais, explicam processos industriais complexos e oferecem dicas sobre temas como mercado de trabalho. Os assuntos escolhidos respondem a demandas reais de sala de aula.

Um exemplo é o instrutor de Metalmecânica Roberto Mós, que atua como embaixador do SENAI Play. "Para mim, é um orgulho enorme, porque não se trata só de ensinar, mas de representar uma rede que também me transformou. Primeiro fui aluno e agora tenho a chance de inspirar novos alunos, mostrando que educação profissional abre caminhos que mudam a vida de qualquer pessoa", relata.

Mais que uma tendência

Para a professora Letícia Lopes Leite, do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Brasília (UnB), a educação a distância responde às atuais demandas da sociedade. "Em um momento em que temos uso expressivo de tecnologia, pessoas trabalhando em diferentes horários, diferentes localidades, com diferentes necessidades e disponibilidades, a educação a distância se torna a modalidade mais adequada, porque dá condições para os estudantes terem acesso ao ensino em locais e tempos diversos, diferente de cursos de instituições que atuam 100% presenciais", ressalta.

A professora destaca ainda a importância de buscar instituições reconhecidas: "A oferta de cursos EaD [Educação a distância] gratuitos é muito importante, sobretudo quando são feitas por instituições reconhecidas. Então, Sistema S, universidades que oferecem muitos cursos a distância, principalmente de formação continuada, e em temas muito relevantes e atuais."

Um dos desafios da modalidade é manter o aluno atento ao conteúdo. Promover a interação e alternar as linguagens podem ajudar a garantir a atenção e o aprendizado. É o que sugere o especialista em Design Pedagógico para EaD e empreendedor social, Gianmarco Bisaglia. "Fazer um EaD e ter o aluno como passivo não funciona. Ele tem que ser colocado do ponto de vista de aprendiz. Então, é importante que esses conteúdos se valham de técnicas diferentes." 

A relevância do ensino a distância se reflete nos números: quase metade das matrículas de nível superior são na modalidade virtual, que cresceu mais de 230% entre 2018 e 2023, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).


Fonte:  DigitalRadioTv / Divulga no Blog /Br 61

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